Existem
Poemas, existem livros de poemas, que necessitam ser lido com a voz alta do
silêncio, Baudelaire exigiu, em alguns momentos, toda a voz do meu silêncio
para que sua poesia fosse digerida pela minha alma. Já Rilke e suas Elegias
precisam ser lidas com todo o “Eu” ator que existe dentro de nós. Suas Elegias
precisam ser proclamadas, às vezes aos berros, às vezes aos sussurros, para que
os Anjos escutem, Todo Anjo é terrível, todo
anjo é o profano e o sagrado, o solitário e o social, o sensível e o racional,
que existem dentro de nós.
É
para esses Anjos que o Livro de Rilke é Escrito, é para esses Anjos que o livro
de Rainer Maria Rilke é Dito.
Detalhes Técnicos
· Posição: #4/100
· Título: Elegias de Duíno
· Autor: Rainer
Maria Rilke ( Tradução Dora Ferreira da Silva)
· Páginas :
95 ( Elegias mais comentários da Tradutora )
· Editora: Editora
Globo, Porto Alegre – RS 1979
Poemas
e Trechos que mais gostei.
“Estranho,
não desejar mais os nossos desejos. Estranho,
ver
no espaço tudo quanto se encadeava, esvoaçar, deligado,”
( da Primeira Elegia)
Amantes,
sois vós ainda?
Quando
um no outro pousais os vossos
Lábios,
como taças, oh, como se evade
Então,
estranhamente, o embriagado.
(da segunda elegia)
Nós só vemos morte!
( da oitava elegia)
Estamos aqui talvez para dizer:
casa,
Ponte, árvore, porta, cântaro,
fonte, janela –
E ainda: coluna, torre... Mas para
dizer, compreenda,
Para dizer as coisas como elas
mesmas jamais
Pensaram ser intimamente.
( da nona elegia)
Talles Azigon é Poeta,
Contador de Histórias, Produtor Cultural, Estudante de Letras e Apaixonado pela Poesia. Blogueiro, já escreveu para vários blogs , inclusive o dele http://tallesazigon.blogspot.com .
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Deve ser agora o anjo raro que bebe lentamente em teus traços.
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